segunda-feira, fevereiro 12, 2007

V

Dilatou.
Já era o mais-noite. Aquilo era barriga?
Não, era só umbigo.
Mais um dia com seu umbigo. Que noite.
Que des-jejum, que maré.

Que presunção. Que pretensão. Que maldita vida, adjetivada.

Não tem nem meio. Só ponta. As duas pontas.
Uma gangorra de emoções e des/prazeres. Mas, e aí.
Onde estava o aí. O daí?

As coisas estavam frenéticas. Um diabo de nheco-nheco ali. Aqui do lado.
Uma linha cruzada. Um cala-boca-porra travado na garganta.
Carvalho nem sentia mais seu primeiro nome. Enquanto aquelas janelas piscavam enlouquecidamentes, o som tocava aquela canção velha sem sincronia.

E, não era um sofrimento. Era uma coisa mal-feita mesmo.

Descobrir o sofrimento naquele palheiro era incrivelmente impossível.

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