sábado, fevereiro 24, 2007

Um crime delicado, e perfeito.

Enfim, o que sempre quis provar. O castelo que sempre quis botar abaixo, desfaleceu.
Refém de uma maré que, terrorista por natureza, subia pouco a pouco.
Para depois des-subir, fria. Como se nada tivesse acontecido.
Uma pena.
Aquela pena sobre a poça de sangue.
Nada mais que uma pena, e, uma poça de sangue.

Subestimei a asa das coisas.
Subestimei o poder dos versos.
Subestimei até o auto-entendimento das coisas.
A música realmente me chocou. Me chutou no saco.
Deu numa angústia seca, como se cada vírgula fosse uma faca cega.
Um tiro.
De bala-perdida, talvez.
Mas, que também mata.

Nenhum comentário: